O arroz (Oryza sativa L.) é o segundo cereal mais cultivado e o principal alimento para mais da metade da população mundial, ocupando uma área de aproximadamente 163 milhões de hectares, podendo ser plantado sob diversos sistemas e em diferentes ecossistemas, com destaque para os de várzea e de terras altas (FREITAS et al., 2021). A produção pode ser afetada em diferentes intensidades pela precipitação pluvial, temperatura do ar, radiação solar e fotoperíodo. O consumo aparente médio mundial é de 54 kg/pessoa/ano. O arroz faz parte do mercado global de grãos secos e cresce a uma taxa robusta, devido ao aumento da conscientização sobre seus benefícios para a saúde (United States Department of Agriculture (USDA, 2020; EMBRAPA,2008).
O Brasil está entre os maiores produtores de arroz (USDA, 2018). A rizicultura é praticada por duas técnicas de cultivares, o irrigado e o sequeiro, sendo a região Sul, principalmente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina responsáveis por cerca de 75% da produção nacional, através do sistema irrigado. Já o restante da produção concentra-se nos estados do Mato Grosso, Maranhão e Roraima com o cultivo de arroz sequeiro (CONAB, 2018).
Sistema Irrigado
O sistema irrigado demanda conhecimento do rizicultor (produtor de arroz), manejo, preparo do solo, adubação, sementes, entre outros. Apresentando alto custo de investimento no preparo da terra e insumos (ROLÃO et al., 2018). Os sistemas de cultivo empregados na cultura do arroz irrigado distinguem-se, na preparação do solo, métodos de semeadura e o manejo inicial da água e são titulados: Sistema convencional, Cultivo mínimo, Plantio direto, Pré-germinado e Transplante de mudas (AGEITEC, 2014; CONAB, 2015; NUNES, 2016).
O sistema convencional a preparação do solo compreende preparo primário (arado) e secundário (grades ou plainas) (ROLÃO et al., 2018). O preparo primário, consiste em operações mais profundas realizadas com arado visando o rompimento de camadas compactadas e eliminação da cobertura vegetal; no secundário, realizam-se operações superficiais para nivelar, destruir crostas de terras, agregarem adubos, fertilizantes e defensivos e eliminar plantas daninhas. A semeadura pode ser realizada a lanço ou em linha (NUNES, 2016).
No cultivo mínimo o preparo do solo envolve a formação de uma cobertura vegetal, entaipamento, com taipas de base larga e de perfil baixo. A semeadura do arroz pode ser realizada sobre a taipa, em virtude de existirem maquinários adequados que possibilita esse procedimento (CONAB, 2015). As sementes são lançadas diretamente na cobertura vegetal dessecada com herbicida, sem a mobilização do solo (NUNES, 2016).
O plantio direto emprega a mínima movimentação do solo, a permanente cobertura do solo e a rotação de culturas (CONAB, 2015). Envolvem operações de sistematização de superfície do solo ou aplainamento, calagem, construção de infraestrutura de irrigação e drenagem de estradas. A semente é colocada diretamente no solo, não ultrapassando 25 a 30% da superfície do solo revolvido (NUNES, 2016).
O sistema pré-germinado diferencia-se pelo uso de sementes pré-germinadas em solo inundado (ROLÃO et al., 2018). A preparação do solo compreende as seguintes operações: uma ou duas arações em solo seco, uma ou duas gradagens para diluir os torrões do solo, aplainamento e entaipamento, inundação do terreno com uma lâmina de 10 cm (aproximadamente 15 dias antes da semeadura), nivelamento e o alisamento do terreno através de pranchões de madeira (AGEITEC, 2014; NUNES, 2016).
O transplante de mudas engloba as fases de produção de mudas e de transplante. As plântulas iniciam a emergência, as caixas são irrigadas cotidianamente, até a fase de duas folhas (12 a 18 dias), aplicam-se fungicidas específicos. Geralmente, o transplante é realizado em torno de 12 a 18 dias após a semeadura, ou seja, quando as mudas atingem de 10 a 12 cm de altura (AGEITEC, 2014). O preparo do solo, manejo d’água, controle de plantas daninhas, de pragas e de doenças é semelhante ao do sistema pré-germinado (NUNES, 2016).
A irrigação da lavoura de arroz está condicionada ao sistema de cultivo escolhido, assim sendo, a admissão de um ou demais sistema diferenciará a época de início e fim da irrigação, manejo e uso da água e preparação do solo (NUNES, 2016). Há predominância do sistema de cultivo com taipas em nível, onde a irrigação realiza-se por sistematização da lavoura (CONAB, 2015). Esse cultivo necessita de água durante todo o seu ciclo que dura entre 100 e 140 dias das cultivares em sistema inundado, no entanto, há três fases que demanda maior exigência: estabelecimento do cultivo e perfilhamento, início da diferenciação da panícula (IDP) e enchimento de grãos (ROLÃO et al., 2018).
Aconselha-se não retirar a água da lavoura antes de 30 dias da aplicação de defensivos, apenas realizar a manutenção da lâmina (NUNES 2016). A operação de colheita realiza-se por colhedoras automotrizes que realiza os procedimentos de corte, recolhimento, trilha e limpeza (AGEITEC, 2014).
Sistema sequeiro
O sistema sequeiro, requisita poucos insumos constituindo baixo custo de investimento inicial. Difere-se do arroz irrigado, sendo que na maior parte é realizado com a terra seca (COLOMBO; JÚNIOR, 2015; ROLÃO et al., 2018).
Cultiva-se arroz de terras altas em cinco situações: abertura de áreas, rotação com outros grãos de plantio direto, renovação de pastagem, sistemas de integração lavoura- pecuária-floresta e em safrinha (AGEITEC, 2014; NUNES, 2016). O sistema de rotação promove sustentabilidade ao solo adotando manejos adequados de preparação de solo, especificamente o arroz de terras altas em solos de cerrado a produtividade estabiliza ou decresce no segundo ano da monocultura e diminui nos anos posteriores, no entanto, quando rotacionado a cada dois anos com soja, aumenta significativamente a produtividade (NUNES 2016; ROLÃO et al., 2018).
O Sistema Plantio Direto (SPD), facilita a condução de sistemas de produção. Observa-se o efeito do nitrogênio aplicado no SPD de arroz cultivado após a soja é relativamente baixo, se comparado aos demais sistemas produtivos (ROLÃO et al., 2018). Sistemas de produção de arroz em áreas de pastagens consistem em semear o capim quando finaliza a colheita sendo uma alternativa de preparação do solo. A semeadura tardia do capim reduz a competitividade entre as culturas consorciadas e possibilita maior produtividade de cultivares de arroz (NUNES 2016). Grande parte das lavouras de arroz de sequeiro está localizada na região dos cerrados e consequentemente, os solos apresentam baixa fertilidade evidenciando o manejo da fertilidade como um dos fatores essenciais no cultivo (NUNES 2016). Destaca-se os elementos essenciais, o nitrogênio, o fósforo e o potássio são os que a planta necessita em maiores proporções (ROLÃO et al., 2018). O uso adequado da adubação é uma forma viável para aumentar a produtividade além de reduzir custos na produção e possibilitar maior rentabilidade aos produtores (AGEITEC, 2014; NUNES, 2016). As cultivares de arroz de sequeiro apresenta ciclo entre 110 e 155 dias (CONAB, 2015; NUNES, 2016).
A metodologia de colheita pode ser realizada: manual, semi-mecanizado e mecanizado. O manual consiste nas operações de corte, enleiramento, recolhimento e trilhamento que são realizados manualmente; semi mecanizado, a etapa corte, enleiramento e o recolhimento são manuais, somente o trilhamento, mecanizado; mecanizado, todas as fases são executadas pelas máquinas (AGEITEC, 2014; NUNES, 2016; ROLÃO et al., 2018).
MANEJO DE ADUBAÇÃO
A adubação vai se dar de forma distinta a depender do sistema de cultivo. Vamos abordar primeiro a adubação em sistema irrigado. Seguiremos a recomendação do manual de calagem e adubação para os estados do Rio grande do Sul e Santa Catarina, 2016.
Sistema Irrigado
A adubação está associada à expectativa de resposta da cultura. Assim, expectativa de resposta á adubação alta é esperada quando o arroz for cultivado em condições favoráveis de clima, especialmente radiação solar alta no período produtivo, utilização de cultivares com potencial produtivo elevado, semeadura em época e densidades adequadas para a região de cultivo, manejo adequado da irrigação, de plantas daninhas, especialmente o arroz-vermelho, de doenças e pragas. Em situações onde algum desses fatores não são adequados, a expectativa de resposta á adubação será média, ou mesmo baixa, devendo-se ajustar as recomendações, diminuindo as doses de fertilizantes.
O nitrogênio (N) promove o crescimento nas plantas, aumentando o número de perfilhos, o número de panículas e de grãos por panículas. O fósforo (P) é necessário para o perfilhamento, a formação (enchimento) e a qualidade dos grãos (BARBOSA FILHO, 1989; CASTRO et al., 2013). O potássio (K) é um dos nutrientes essenciais para o crescimento do arroz, atuando na fotossíntese da planta, contribuindo com a abertura e o fechamento dos estômatos das folhas, além de ser responsável pelo transporte de carboidratos solúveis dentro da planta (SANTOS, 2018). Entretanto, além de todos esses efeitos o K tem a capacidade de fortalecer as paredes celulares do colmo com lignina, conferindo maior resistência ao acamamento, às doenças e às pragas no arroz (BARBOSA FILHO, 1989).
Nitrogênio
O nitrogênio é o segundo nutriente mais extraído e o mais exportando pela cultura do arroz (FORNASIERI FILHO; FORNASIERI, 2006), é constituinte de inúmeros compostos orgânicos como aminoácidos, ácidos nucléicos e proteína (EPSTEIN, 1975). A deficiência de nitrogênio em arroz é relativamente comum no Brasil, o que estaria relacionado à fatores como: baixo conteúdo de matéria orgânica no solo; perdas por lixiviação e por volatilização; reduzido uso de fertilizante nitrogenados; desbalanço nutricional; deficiência hídrica (EPSTEIN, 1975; RAIJ, 1991; FAGERIA; SANT’ANA; MORAIS, 1995). É um dos principais fatores envolvidos na produtividade (FAGERIA; BALIGAR, 2001; FAGERIA; BARBOSA FILHO, 2001) e na melhoria da qualidade nutricional do grão de arroz (FERRAZ JUNIOR et al., 1997). Quando fornecido em quantidades superiores às necessidades de crescimento vegetativo, próximo à antese, possibilita elevar o conteúdo protéico (CHING; RYND, 1978), com incremento no valor biológico por interferir positivamente na fração protéica da glutelina, (CHING; RYND, 1978; FERRAZ JUNIOR et al., 1997).
Tabela 1 -Exigência de nitrogênio para cultura do arroz.
Para o arroz produzido em semeadura em solo seco, recomenda-se aplicar, na semeadura, entre 10 e 20 kg N/ha e o restante, em cobertura. Sendo 50% da dose total no estádio de três a quatro folhas (V3/V4) e o restante deve ser aplicado na iniciação da panícula (estádio R0). Porém, esse estádio não pode ser visualizado no campo, então, se utilizada como referência o estádio de diferenciação da panícula (estádio R1). A primeira adubação de cobertura deve ser realizada, preferencialmente, em solo seco, antecedendo o início da irrigação da lavoura, que deve ocorrer com a maior brevidade possível (até 3 dias). Aplicações em cobertura após a inundação do solo são realizadas sobre lâmina de água. Nesses casos, deve-se interromper a circulação de água na lavoura por, no mínimo três dias.
Para o arroz pré-germinado, não é recomendada adubação nitrogenada na semeadura, devido aos riscos de perdas do elemento e à baixa exigência da cultura na fase inicial do cultivo. Para as cultivares de ciclo curto (até 120 dias) e médio (entre 120 e 135 dias), recomenda-se aplicar em torno de 50 % da dose de N recomendada no estádio (V3/V4) e o restante, no estádio de iniciação da panícula (R0). Para as cultivares ciclo tardio (> 135 dias), a cobertura pode ser fracionada em três aplicações iguais, em V3/V4, na metade do perfilhamento (V6/V7) e em R0.
O aporte de N via adubação é responsável pelo aumento no rendimento de grãos e de componentes do rendimento do arroz, como o número de perfilhos e de panículas por unidade de área (SINGH; PILLAI, 1996), o número de espiguetas por panícula e o peso de grãos (MARZARI, 2005). Embora o arroz absorva nitrogênio durante todo o seu ciclo, as exigências são maiores nas fases de perfilhamento e reprodutiva (SCIVITTARO et al., 2018). Todavia, é nessa última, que começa com a iniciação da panícula, que a planta apresenta maior eficiência na absorção de N para a produção de grãos, uma vez que o sistema radicular se encontra mais desenvolvido e, consequentemente, com maior potencial de absorção de nutrientes (MACHADO, 1993).
Em experimento realizado por Scivittaro et al. (2012) mostra que a absorção de N pelo arroz, independentemente da dose, época de aplicação e do parcelamento da adubação nitrogenada em cobertura, a quantidade de N absorvida pelo arroz é bastante elevada, independentemente do manejo da adubação praticado, sendo cerca de 70% exportados pelos grãos. Isto demonstra a elevada demanda de nitrogênio da cultura, bem como a necessidade de reposição do nutriente exportado, via adubação e/ou pela adoção de práticas culturais que favorecem seu acúmulo. Ressalta-se ainda que, o nível de nitrogênio na planta, a produtividade de grãos e a absorção de nitrogênio pelo arroz são influenciados preponderantemente pela dose do nutriente aplicada em cobertura, aumentando proporcionalmente a essa. A produtividade de grãos e a eficiência de utilização de N pelo arroz são beneficiados pela expansão do período de adubação até a fase reprodutiva.
Fósforo
No sistema de semeadura em solo seco, os fertilizantes fosfatados devem ser aplicados e incorporados ao solo por ocasião da semeadura. No sistema pré-germinado, esses fertilizantes podem ser aplicados e incorporados com enxada rotativa ou grade na formação da lama ou após o renivelamento da área, antes da semeadura. O que pode acontecer é aplicar antes da semeadura do arroz e intensificar o desenvolvimento de algas, a aplicação de P pode ser realizada em cobertura, antecedendo o início do perfilhamento, entre os estádios de duas a três folhas (V2 e V3).
Tabela 2 – Exigência de fósforo para cultura do arroz.
Em relação à disponibilidade de fósforo, o alagamento do solo promove um aumento na disponibilidade deste nutriente para as plantas, principalmente pelo aumento na difusão do elemento na solução do solo (compartimento do solo do qual a planta extrairá o nutriente) bem como aumento na quantidade de fósforo na solução do solo, que antes estava preso em condições de sequeiro pelo cálcio e pelo ferro, por exemplo (FERREIRA et al., 2008). Segundo pesquisa realizada por Moraes & Freire (1974), com vários solos do Rio Grande do Sul, o fósforo atinge concentrações máximas na solução do solo entre cinco e seis semanas após o seu alagamento. Assim, no cultivo de arroz pré-germinado, por exemplo, o aumento da disponibilidade de fósforo ocorre antecipadamente, em relação à semeadura realizada em solo seco. A dinâmica deste nutriente em solos alagados explica, parcialmente, a resposta limitada do arroz irrigado à adubação fosfatada, mesmo quando os teores de fósforo disponível em solos secos são baixos (FERREIRA et al., 2008).
Potássio
Na semeadura em solo seco, os fertilizantes potássicos devem ser aplicados, preferencialmente, por ocasião da semeadura. No caso de arroz pré-germinado, os fertilizantes potássicos, assim como os fosfatados, podem ser aplicados e incorporados com enxada rotativa ou grade por ocasião da formação da lama ou após o renivelamento dá área antes da semeadura.
Pode ser fracionada, para evitar perdas de potássio, especialmente no caso de aplicação de doses elevadas em solos arenosos. Nessa situação, indica-se a aplicação de metade da dose por ocasião do preparo do solo (sistema pré-germinado) ou na semeadura (sistema de semeadura em solo seco) e a outra metade, em cobertura, na iniciação da panícula, juntamente com a aplicação de nitrogênio.
Tabela 3 – Exigência de potássio para cultura do arroz.
O potássio (K) trata-se de um nutriente essencial para cultura do arroz, atuando em vários processos fisiológicos e bioquímicos na planta, destacando-se a regulação osmótica, ativação enzimática, regulação do pH e do balanço iônico celular, regulação da transpiração estomática e transporte de produtos da fotossíntese (DOBERMANN; FAIRHURST, 2000).
Resultados de pesquisa mostram que a adubação potássica traz diversos benefícios à cultura do arroz, incluindo a promoção do desenvolvimento do sistema radicular, aumento no vigor das plantas, redução do acamamento, aumento da resistência a pragas e doenças, aumento do perfilhamento e da produção de matéria seca da parte aérea e das raízes, além de aumento do número de grãos cheios e do peso de grãos (HARTARI et al., 2018).
Toxidez por ferro em arroz irrigado
O alagamento do solo promove a solubilização de ferro, podendo ocorrer acúmulo do íon Fe 2+ na solução do solo e atingir níveis tóxicos ao arroz. Na tabela 4 é apresentada uma interpretação da probabilidade de ocorrência de toxidez por ferro na lavoura, baseado no teor de ferro extraído em solução de oxalato de amônio pH 6,0.
Tabela 4- Interpretação do risco de ocorrência de toxidez por ferro em função da porcentagem de saturação CTC (PSFe2+).
A utilização de cultivares tolerantes é a forma mais econômica e eficiente de controlar o problema. A calagem prévia do solo e a adubação (nitrogenada e potássica) também pode minimizá-lo.
Enxofre
Solos afastados de regiões industriais, com baixos teores de matéria orgânica e de argila e intensamente cultivados com arroz irrigado são potencialmente suscetíveis a deficiência de enxofre. Nessa condição, caracterizada por teor de enxofre (S) no solo menor que 10 mg/dm3, ocorre resposta positiva em produtividade da cultura à aplicação do nutriente. A aplicação limita-se à 20 kg de S/ha.
Sistema sequeiro
O nitrogênio tem alta demanda nesse sistema, da mesma forma que o irrigado, já que o arroz se trata de uma gramínea, dessa forma, precisa de alta demanda de N.
Tabela 5 – Exigência de nitrogênio para cultura do arroz.
Aplicar 10 kg de N/ha semeadura e o restante em cobertura, no início do perfilhamento, aproximadamente aos 40 dias após a emergência. A adubação nitrogenada em cobertura pode ser parcial ou totalmente suprimida, dependendo das condições climáticas.
Tabela 6 – Exigência de fósforo e potássio para cultura do arroz.
O sistema de produção a ser adotado, as condições ambientais para o cultivo, e a estimativa de produção esperada são fatores que determinam o correto manejo de adubação para a cultura do arroz, o qual é um fator importante para o rendimento de produção e retorno financeiro.
Sugestão de fertilização ILSA para o aumento de produtividade
A ILSA Brasil possui uma linha completa de fertilizantes de aplicação via solo e foliares capazes de atender a todas as exigências nutricionais da cultura do arroz. No preparo do solo a linha de fertilizantes organominerais GRADUAL MIX® fornece nitrogênio, fósforo e potássio que são combinados com a matriz AZOGEL® o que promove maior absorção dos nutrientes minerais, aumento da atividade biológica do solo e ainda possui baixo impacto ambiental. Pensando ainda no desenvolvimento inicial da lavoura, para o tratamento de sementes ILSAMIN Radix® fornece aminoácidos, substâncias húmicas, nitrogênio e carbono orgânicos que potencializam o desenvolvimento radicular o que irá promover maior aproveitamento de água e nutrientes pelas plantas.
Como vimos no texto, o nitrogênio é o nutriente extraído em maior quantidade pela cultura e possui influência direta em todos os componentes de rendimento do arroz. Desta forma, o fornecimento de nitrogênio de forma mais eficiente promove maiores produtividades permitindo que a cultura expresse o seu potencial genético. Para o fornecimento de nitrogênio de maneira mais eficiente conte com o AZOSLOW®, fertilizante organomineral que combina em um único pellet a matriz orgânica AZOGEL® rica em nitrogênio e carbono orgânicos e aminoácidos com nitrogênio mineral que será disponibilizado de forma rápida para a planta. A aplicação de AZOSLOW® deverá ser realizado em cobertura e parcelada em dois momentos: 50% da dose na fase vegetativa V3-V4 e 50% da dose no início da diferenciação da panícula, em cultivares de ciclo mais longo este parcelamento pode ser realizado em três momentos: V3/V4 – V6/V7 – R0/R1.
ILSAMIN ÁGILE® fornece aminoácidos provenientes da matriz GELAMIN® que promovem aumento da resistência das plantas a estresses abióticos durante o seu ciclo produtivo. Desta forma ILSAMIN ÁGILE® pode ser aplicado via foliar durante todo o ciclo da cultura. ETIXAMIN KALLY®, fertilizante hidrossolúvel de aplicação foliar é obtido a partir da combinação da matriz GELAMIN® com fontes minerais de potássio e enxofre. Sua aplicação na cultura do arroz é indicada no momento de enchimento de grãos, visto que o potássio possui papel fundamental nesse processo, pois este nutriente irá fazer o transporte de fotoassimilados das estruturas vegetativas da planta para os grãos.
Referências
AGEITEC. Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fojvokoc02wyiv80bhgp5 p3txf7t9.html
BARBOSA FILHO, M. P. Adubação do arroz de sequeiro. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 14, n. 161, p. 32-38, 1989.
CASTRO, A. P.; et al.; Arroz: O produtor pergunta, a Embrapa responde. 2ª ed. Brasília, 2013. 252p.
CHING, M.; RYND, L. Development differences in embryos of high and low protein wheat seeds during germination. Plant Physiology, Rockville, v. 62, p. 866- 870, 1978.
COLOMBO, T. C.; JÚNIOR, A. M. Comparativo dos custos na produção entre arroz irrigado e arroz sequeiro: Um estudo de caso em uma propriedade no Sul Catarinense. ABCustos Associação Brasileira de Custos. Vol. X n°2 – Maio-Agosto 2015.
CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. A cultura do arroz. 2015.
CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). (2018) Acompanhamento da safra brasileira grãos, v. 7 Safra 2017/18 – Sétimo levantamento, Brasília, p. 1-139 abril 2018.
CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO. Manual de calagem e adubação para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2016.
DOBERMANN, A.; FAIRHURST, T. A. H. Rice: nutrients disorders and nutrient management. Los Baños: IRRI, 2000. 191 p.
EPSTEIN, E. A. Aquisição de nitrogênio. In: MALAVOTA, R. (Trad.). Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: EDUSP, 1975, p. 213-234.
FAGERIA, N. K.; SANT`ANA, E. P.; MORAIS, O. P. Resposta de genótipos de arroz de sequeiro favorecido à fertilidade do solo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 9, p. 1155-1161, 1995.
FAGERIA, N. K.; BALIGAR, V. C. Lowland rice response to nitrogen fertilization. Communication Soil Science Plant Analysis, Philadelphia, v. 32, n. 9-10, p. 1405-1428, 2001.
FAGERIA, N. K.; BARBOSA FILHO, M. P. Nitrogen use efficiency in lowland rice genotypes. Communication Soil Science Plant Analysis, Philadelphia, v. 32, n. 13-14, p. 2079-2089, 2001.
FERRAZ JUNIOR, A. S. L.; SOUZA, S. R.; FERNANDES, M. S.; ROSSIELLO, R. O. P. Eficiência de uso de nitrogênio para produção de grão e proteína por cultivares de arroz. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 32, n. 4, p. 435-442, 1997.
FERREIRA L. E. G., et al.; Fosfatos Naturais na Adubação de Sistema de Culturas de Verão com Ênfase no Arroz Irrigado. EMBRAPA (circular técnica). Pelotas, RS Dezembro, 2008.
FORNASIERI FILHO, D.; FORNASIERI, J. L. Manual da cultura do arroz. Jaboticabal: FUNEP, 2006. 589 p.
FREITAS, Josiane Aimon de et al. Características gerais do arroz (Oryza sativa L.) e métodos de identificação de cultivares: revisão bibliográfica. 2021.
HARTARI, S.; SURYONO; PURNOMO, D. Effectiveness and eficiency of potassium fertilizer application to increase the production and quality of rice entisols. Earth and Environmental Science, v. 142, 012131, 2018. doi:10.1088/1755-1315/142/1/01231
MACHADO, M. O. Adubação e calagem, para a cultura do arroz irrigado, no Rio Grande do Sul. Pelotas: EMBRAPA–CPATB, 1993. 63 p. (EMBRAPA–CPATB. Boletim de Pesquisa, 2).
MARZARI, V. Influência da população de plantas, doses de nitrogênio e controle de doenças na produção e qualidade de grãos e sementes de arroz irrigado. 2005. 63 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
MORAES, J.F.V.; FREIRE, C.J. Variação do pH, da condutividade elétrica e da disponibilidade dos nutrientes nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, em quatro solos submetidos à inundação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 9, n. 9, p. 35-43, 1974.
NUNES, J.L.S.; Características do Arroz (Oryza sativa). 2016.
RAIJ, B. van. Análise química do solo para fins de fertilidade. Campinas: Fundação Cargill, 1987. 170 p.
ROLÃO, Keila Prates et al. Análise comparativa entre o sistema de arroz irrigado e sistema de arroz sequeiro. SOBER – Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. 2018.
SANTOS, Daiane Resplandes dos. Produção de arroz de terras altas sob adubação orgânica. FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS. 2018.
SCIVITTARO, Walkyria Bueno et al. Manejo da adubação nitrogenada para o arroz irrigado por aspersão. 2012.
SCIVITTARO, Walkyria Bueno et al. Adubação Nitrogenada e Potássica para Cultivares de Arroz Irrigado. Circular técnica, Pelotas, v. 197, p. 3-5, 2018.
SINGH, S. P.; PILLAI, K. G. Response of scented rice varieties to nitrogen. Oryza, v. 33, n. 3, p. 193-195, 1996.
United States Department of Agriculture (USDA). Production, Supply and Distribution [Internet]. 2020 Disponível em: https://apps.fas.usda.gov/psdonline/app/index.ht ml#/app/ downloads.
USDA (United StatesDepartmentofagriculture), 2018. Grain and Feed Update. Disponível em:https://gain.fas.usda.gov/Recent%20GAIN%20Publications/Grain%20and%20Feed%20U pdate_Brasilia_Brazil_10-4-2018.pdf.
Autores
Eng. Agr. Dra. Angélica Schmitz Heinzen
Eng. Agr. Msc. Carolina Custódio Pinto
Eng. Agr. Msc. Thiago Stella de Freitas