A cultura do café tem importância na economia para a agricultura brasileira, além de ser uma das bebidas mais consumidas do mundo é o quinto commodity agrícola mais exportado no país (MAPA, 2017). O Brasil é o maior produtor e exportador de café, com 36% da produção mundial, equivalente a 1,98 T ha-1 (CONAB, 2018) e uma área total plantada com a cultura das espécies arábica e conilon que totaliza 2.282.619 hectares (PERUZZOLO, DA CRUZ, RONQUI, 2019).
Para maior responsividade da cultura em relação a qualidade de grãos e da planta, gerando incremento na produtividade se faz necessário o manejo adequado em todas as etapas de produção. Nesse texto vamos abordar de que forma o manejo da adubação pode acarretar aumento na produtividade do cafeeiro.
Quando pensamos em produtividade na cultura do cafeeiro uma característica muito importante do seu ciclo deve ser levada em consideração, a sua bienalidade. Por conta desta característica ocorre uma oscilação da produção em anos consecutivos, onde em um ano a lavoura produz uma elevada carga e no ano seguinte a produção é mais baixa e os estresses bióticos e abióticos podem prejudicar ainda mais os índices de produtividade (FIALHO et al., 2010). Muitos fatores devem ser levados em consideração no manejo do cafeeiro, como: calagem, adubação, conservação do solo, subsolagem, manejo de plantas daninhas, controle de pragas e doenças, densidade de plantio e podas, aumentando assim a capacidade de resposta das plantas, ou seja, elevando o potencial produtivo. No que se refere a adubação, a utilização do fertilizante necessita ser feita com critério, especialmente quanto ao momento de aplicação (época), quanto ao fracionamento (número de aplicações), quanto ao local de aplicação (onde aplicar) e quanto ao modo de aplicação (distribuição do fertilizante) (CHAVES, 2002). Lembrando que, a análise de solo deve estar atualizada para que o manejo seja bem sucedido, evitando gastos com aplicações e quantidades desnecessárias.
A adubação química proporciona a produtividade imediata das culturas, no entanto sucessivas aplicações de fertilizante são necessárias ao manejo, devido ao rápido esgotamento de nutrientes disponíveis para as plantas. Esses fertilizantes provocam gastos excessivos, desgastes no solo e limitações do potencial produtivo nas culturas (RABELO, 2015). Além disso, ao longo do tempo, dependendo da dose aplicada, podem ocasionar acidificação do solo, principalmente no caso do nitrogênio (FRANCIOLI et al., 2016; REZENDE, 2022). Durante os últimos anos, o uso de adubos com tecnologia de liberação lenta ou controlada aumentou significativamente, como os organominerais e os polimerizados, que apresentam alta eficiência em relação aos fertilizantes convencionais no cultivo do café (SILVA, 2017).
Os fertilizantes organominerais, além de disponibilizarem matéria orgânica, constituem uma forma de reaproveitamento de resíduos orgânicos oriundos de diversos setores do agronegócio (DE ALMEIDA & DE ALMEIDA, 2018). A matéria orgânica fornecida pelos adubos organominerais auxilia na qualidade do solo, melhorando as propriedades físicas, físico-químicas, químicas e biológicas, pois o conjunto destes atributos é fundamental para a fertilidade (SOUZA et al., 2018).
DIAGNOSE NUTRICIONAL DA CULTURA
Para que o manejo de adubação seja feito de forma a atender as necessidades nutricionais da cultura, a diagnose do estado nutricional dela se torna importante. A interpretação dos teores de nutrientes organizados em classes de fertilidade se mostra insuficiente para a avaliação da sua disponibilidade e nível de suficiência, pelo fato de não se considerar diferenças existentes nos sistemas de produção , na demanda nutricional, no ciclo do genótipo e as perdas de nutrientes do sistema, sendo recomendada de forma geral, e devendo ser ajustada com auxílio de análise foliar (GUARÇONI et al., 2019).
Para a amostragem foliar (Tabela 1) deve-se dividir a área em talhões homogêneos, ou seja, subárea com a mesma declividade (topo de morro, meia encosta, baixada, etc.), as mesmas características perceptíveis do solo (cor, textura, condição de drenagem, etc.), o mesmo manejo (uso de corretivos, fertilizantes, etc.) e com plantas de mesma variedade e idade. Além disso, na coleta, deve-se fazer o caminhamento em zig-zag, visando representar toda a área do talhão homogêneo (GUARÇONI et al., 2019).
Tabela 1 – Parte amostrada e número de folhas por talhão homogêneo para os cafés arábica e conilon.
Fonte: Martinez, Carvalho e Souza (1999), adaptado: Guarçoni et al. (2019).
A época de amostragem foliar pode variar de acordo com a finalidade da avaliação nutricional que se pretende fazer. Importante é que o método pelo qual irá se avaliar o estado nutricional das plantas contenha normas ou valores de referência para a mesma época de amostragem. Isso é muito importante, pois as normas ou valores de referência mudam de acordo com a fase fenológica da planta na qual se realiza a amostragem foliar. Deve-se evitar a coleta de amostras foliares logo após a aplicação de fertilizantes via solo ou foliar, bem como de qualquer defensivo, devendo-se esperar 30 dias, aproximadamente, para realizar a amostragem (GUARÇONI et al., 2019).
Para Mesquita et al. (2016) a recomendação de adubação de macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio), e o cálculo da quantidade a ser aplicada é feito com base na análise de solo, na estimativa de produção e análise foliar principalmente para aplicação de nitrogênio. O cafeeiro, como planta perene de ciclo bienal de produção, apresenta necessidades também diferenciadas entre um ano e outro.
Caso a produtividade esperada for inferior à metade daquela obtida no ano anterior (de alta), determina-se a faixa de produtividade, para efeito de cálculo da adubação, como sendo a média entre as duas. Este procedimento visa evitar a acentuação da bienalidade. Não sendo este o caso, ou seja, se não houve produção (lavoura em formação ou podada no ano anterior), ou se a produção esperada for superior em 50% à obtida, considerar, para efeito de cálculo, a produtividade como sendo aquela de fato esperada (MESQUITA et al., 2016).
Exigências nutricionais de macronutrientes
O fósforo no cafeeiro, atua no sistema radicular, formação do lenho da planta e é também muito importante na granação dos frutos. Em relação à adubação fosfatada, observa-se que a falta desse nutriente causa distúrbios imediatos no metabolismo e no desenvolvimento das plantas (LAWLOR; CORNIC, 2002). Também, não deve ser fundamentada, exclusivamente, na produção de grãos em formação, pois as aplicações de fertilizantes, também, devem ter por objetivo o crescimento de novos ramos e internódios para a safra futura (GUERRA et al., 2006).
As recomendações de adubação oficiais do cafeeiro (GUIMARÃES et al., 1999; RAIJ et al., 1997) sugerem que a exigência de P em cafeeiros adultos é pequena em decorrência, principalmente, da baixa exportação desse elemento pelos grãos e que as doses máximas recomendadas de P2O5 situam-se em torno 100 kg.ha-1, considerando a produtividade esperada e a quantidade de P disponível no solo. Os cafeeiros normalmente produzem em ramos novos, portanto, necessitam de energia para crescer e formar novas gemas reprodutivas para produzir adequadamente todos os anos (VILELA, 2014).
A exigência do potássio aumenta com a idade e, principalmente, com a frutificação, ocorrendo a translocação do K das folhas para os frutos em função da alta mobilidade do nutriente (GUIMARÃES; MENDES, 1997). Recomenda-se a aplicação de 250 – 450 Kg/ha de potássio, sendo que as doses menores devem ser usadas quando os níveis de potássio no solo estiverem altos e as maiores quando este elemento estiver em baixa ou média concentração no solo. A absorção de K é semelhante à do N, com maior destaque em épocas chuvosas, quando se encontram maiores teores de K nas folhas e, durante as épocas mais secas menores teores foliares em face da menor absorção e extração dos K pelos frutos (VILELA, 2014). O teor foliar, considerado adequado, é de 1,9 a 2,4 g Kg-1 e a relação de P/K ideal para que não ocorra desequilíbrio é de 16 a 18 (MALAVOLTA, 1993).
Para o cafeeiro, o potássio é o segundo nutriente mais exigido e o terceiro mais acumulado na planta, correspondendo 20% do total de macronutrientes alocados nos diversos órgãos da planta (PREZOTTI e LANI, 2013). De acordo com esses autores a exigência do café conilon ao K aumenta com a idade da planta, sendo essencialmente maior quando atinge a fase de produção. Sua complementação em solos deficientes proporciona uma melhora no rendimento das colheitas (NASCIMENTO e LAPIDO-LOUREIRO, 2009). O potássio influencia diretamente na produtividade e qualidade dos grãos do café por atuar na atividade enzimática, síntese e transporte de carboidratos, proporcionando assim maior qualidade de bebida para plantas bem nutridas (FRANÇA NETO, 2016). De acordo com Clemente (2010) a ausência de K pode causar distúrbios metabólicos afetando tanto o desenvolvimento das plantas, como a produção e caracterização física e química dos grãos de café. Ocorre um aumento na porcentagem de frutos chochos e diminuição no tamanho dos grãos, proporcionando redução na produtividade e comprometendo a qualidade de bebida (MANCUSO, 2012).
O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pela cultura do café (MALAVOLTA et al., 1993), em consequência das funções que exerce como constituinte de moléculas de proteínas, enzimas, coenzimas, ácidos nucleicos e citocromos, dentre outros. Quando o fertilizante nitrogenado é aplicado, parte dele é recuperado pelo sistema radicular e parte aérea, parte permanece no solo enquanto outra porção pode ficar imobilizada na serrapilheira, sendo a camada que fica acima do solo e é formada por restos de folhas, galhos, frutos e demais partes vegetais ou pode se perder do sistema solo-planta (VILELA, 2014).
De acordo com as recomendações oficiais, para cafeeiros em produção, as doses de N baseiam-se na produção esperada e no teor do nutriente na folha. São recomendadas doses que variam até 450 kg ha-1 de N por ano agrícola, fornecidas no período chuvoso, de setembro a março, compreendendo as fases de floração, frutificação e desenvolvimento vegetativo (RAIJ; CANTARELLA; QUAGGIO, 1997; RENA; MAESTRI, 1987; RIBEIRO; GUIMARÃES; ALVARES, 1999).
Outro ponto a observar é que, como há perdas de alguns nutrientes principalmente por volatilização (N) e lixiviação (N e K), é recomendável que a colocação do adubo no solo seja feita de forma parcelada, para um melhor aproveitamento. Desta forma, para esses dois macroelementos, é usual parcelar a quantidade recomendada em 3 ou 4 aplicações, durante o período chuvoso (MESQUITA et al., 2016).
A Tabela 2 mostra a recomendação de adubação para a cultura do cafeeiro a partir do terceiro ano de cultivo, período que se inicia efetivamente a produção de grãos.
Tabela 2. Para o N, a dose será definida com base na produção esperada e análise foliar. Já para P e K, o que define é a análise de solo e a produção esperada.
Fonte: Aegro, 2023.
Enxofre
Para Paiva (2008), o enxofre tem importância na nutrição e produção do cafeeiro, já que o enxofre nas plantas, forma substâncias determinantes da qualidade do produto, desempenhando importantes funções, sobretudo no metabolismo das albuminas e nas reações enzimáticas. O enxofre predomina na planta em forma orgânica, principalmente nas proteínas, já que todas as proteínas vegetais possuem o elemento. O S que permanece como SO4 -2 no tecido é relativamente baixo. Por ser um nutriente pouco móvel na planta, os sintomas de deficiência ocorrem nas folhas mais novas, que por sua vez ficam amarelas (amarelo citrina), devido à falta de clorofila nos cloroplastos, pois o nutriente é componente de proteínas e participa da síntese de clorofila. Pode ocorrer também o encurtamento dos internódios e o desfolhamento da planta (GUIMARAES; MENDES, 1997). Além disso, apresentam caule quebradiço, lenhoso, com crescimento paralisado, reduz o vingamento de flores, os frutos são descorados, fracamente esverdeados, com amarelecimento tardio (NOGUEIRA, 2001). A exigência de enxofre almejando uma produtividade de 40 sacos por hectare é de 12 kg/há.
Exigências nutricionais de micronutrientes
Os principais micronutrientes requeridos pelo cafeeiro são B, Cu, Fe, Mn e Zn, os quais, apesar de requeridos em pequenas quantidades, são de grande importância para o crescimento, desenvolvimento e produção do cafeeiro (MIGUEL et al., 2002). Os micronutrientes B, Zn e Cu são considerados os de maior importância para o crescimento e produção do cafeeiro, sendo também os mais estudados (MARTINEZ et al., 2014).
O boro é um micronutriente que contribui para a fecundação das flores, pois atua na divisão celular, logo a sua escassez afeta diretamente a produtividade dos cafeeiros brasileiros. A absorção de boro se dá por fluxo de massa, sendo os períodos de déficit hídrico onde se apresenta menores teores. A adubação via solo e aplicação foliar são alternativas para a suplementação deste nutriente nas lavouras cafeeiras (BORGES et al., 2017).
Sob deficiência de B, ocorre o acúmulo de fenóis, o que se relaciona com o papel do boro na formação de complexos cis-diol com certos açúcares e fenóis, nessas condições, o fluxo de substrato é deslocado para o ciclo das pentoses fosfato, aumentando, assim, a biossíntese de fenóis (MARTINEZ et al., 2014). Em resposta ao acúmulo de fenóis, a atividade da polifenoloxidase aumenta, em tecidos deficientes em B (LEWIS, 1980; LOOMIS & DURST, 1991; MARSCHNER, 2012), o que, junto com o excesso de fenóis, provoca a destruição da membrana celular e, consequentemente, a morte do tecido vegetal (MARSCHNER, 2012).
O cobre beneficia as plantas por meio do seu efeito como micronutriente, como fungistático e como tonificante. Esse micronutriente é essencial às plantas por ser componente de muitas enzimas e proteínas e por estar envolvido em inúmeras rotas metabólicas (MARTINEZ et al., 2014). Várias enzimas, que contêm ou são ativadas pelo Cu, catalisam reações de óxido-redução (MARSCHNER, 2012). Além disso, o Cu pode exercer efeitos diretos ou indiretos sobre fungos. Como efeito direto, a influência desse micronutriente está relacionada com a sua capacidade fungistática, desnaturando proteínas do patógeno (MARTINEZ et al., 2014). A necessidade nutricional de boro pelo cafeeiro é de 200 – 500 g/ha/ano e recomenda-se a aplicação de 3 kg/ha/ano.
Quanto ao Zn, baixos teores desse elemento em cafeeiros podem afetar mais o desenvolvimento reprodutivo do que o vegetativo (FAVARO, 1992). A carência de Zn pode provocar a diminuição da produção de sementes (MALAVOLTA et al., 1997; MENGEL & KIRKBY, 1987), que pode estar relacionada com o menor desenvolvimento das anteras e com a inviabilidade dos grãos de pólen quando a planta está sob deficiência deste elemento (SHARMA et al., 1987; SHARMA et al., 1990).
Neves et al., (2011) observaram que o fornecimento de Zn influenciou positivamente a produção e a qualidade dos grãos de café, caracterizada pelo seu tamanho, percentagem de grãos brocados, condutividade elétrica e o potássio lixiviado dos grãos. Os resultados de Martinez et al. (2013) corroboraram os anteriores e indicaram, ainda, que os grãos de cafeeiros supridos com Zn apresentaram maiores teores de ácidos clorogênicos e maior atividade antioxidante. A necessidade nutricional de zinco pelo cafeeiro é de 200 – 500 g/ha/ano e recomenda-se a aplicação de 6 kg/ha/ano.
O fornecimento de micronutrientes ao cafeeiro, seja via solo ou via folha (GUIMARÃES et al., 1999; RENA & FAVARO, 2000), deve se iniciar antes do estádio de expansão rápida do fruto. Se a aplicação de micronutrientes for via solo, ela deve ser efetuada após a florada, pelo fato de as fontes de micronutrientes apresentarem, em geral, baixa taxa de liberação.
Se o fornecimento dos micronutrientes for via folha (Tabela 3), ele poderá ser efetuado em torno dos 30 dias após a antese, já que a absorção via folha e a distribuição dos micronutrientes nas plantas são processos mais rápidos (RENA & FAVARO, 2000).
Tabela 3. O estado nutricional da planta na cultura de café é indicado pela análise foliar do 3º ou 4º par de folhas totalmente expandidas.
Fonte: Aegro, 2023.
Soluções ILSA para o manejo de adubação do cafeeiro
A ILSA Brasil dispõe de um portfólio completo de fertilizantes orgânicos e organominerais que atendem todas as exigências nutricionais do cafeeiro (Figura 1).
Figura. Plano de fertilização ILSA para a cultura do cafeeiro. Fonte: ILSA BRASIL
Conforme discutido no texto os fertilizantes orgânicos e organominerais permitem um maior aproveitamento dos nutrientes pelas plantas, auxiliam no incremento de matéria orgânica no solo e promovem um crescimento vegetativo equilibrado o que confere maior produtividade e expressão do potencial genético.
FERTIL é um fertilizante orgânico obtido a partir da matriz AZOGEL rica em nitrogênio orgânico que será disponibilizado de forma gradual, carbono orgânico e aminoácidos. A presença de carbono no fertilizante potencializa a atividade de microrganismos de solo, que utilizam o carbono como fonte de energia para seus processos metabólicos. A aplicação de FERTIL é indicada no início de uma nova brotação, afim de uniformizar a brotação dos ramos e no período de pós colheita onde os nutrientes e aminoácidos presentes no fertilizante, serão armazenados pelas plantas durante o período de dormência. Com a aplicação de FERTIL as folhas permanecem verdes por mais tempo o que aumenta a taxa fotossintética e consequentemente o acúmulo de reservas pelas plantas.
GRADUAL MIX é uma linha de fertilizantes organominerais que combina a matriz AZOGEL com matérias-primas minerais de nutrientes. A linha GADUAL MIX fornece os macronutrientes nitrogênio, fósforo e potássio de forma mais eficiente devido a complexação destes nutrientes pelos aminoácidos contidos na matriz AZOGEL onde as perdas por volatilização e lixiviação são menores. Além disso, a presença da matriz AZOGEL no fertilizante, promove aumento da atividade biológica do solo, aumento da CTC ao redor do fertilizante e crescimento vegetativo equilibrado devido a presença do nitrogênio orgânico.
ILSAMIN POTENTE é um fertilizante orgânico fluído de aplicação no solo (via drench no pé da planta) obtido a partir da matriz GELAMIN rica em nitrogênio orgânico, aminoácidos e carbono orgânico combinada com substâncias húmicas que promovem uma maior ativação do sistema radicular das plantas e potencializa a absorção de água e nutrientes.
ILSAMIN BORO é um fertilizante organomineral que combina a matriz GELAMIN com o nutriente boro, que como discutido no texto é um dos micronutrientes mais exigidos pela cultura do cafeeiro. A matriz GELAMIN promove a complexação do boro o que confere maior velocidade de absorção deste elemento pela planta. ILSAMIN BORO é indicado no período de floração e possui a capacidade de aumentar a fecundação de flores e consequentemente promover ganhos em produtividade.
ETIXAMIN KALLY é um fertilizante organomineral obtido pela combinação da matriz GELAMIN com os nutrientes S e K dois nutrientes essenciais para promover maior enchimento e uniformidade de maturação de grãos. A presença da matriz GELAMIN promove maior velocidade de absorção destes nutrientes e maior eficiência no processo de translocação de fotoassimilados.
Referências bibliográficas
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Autores
- Eng. Agr. Dra. Angélica Schmitz Heinzen
- Eng. Agr. Msc. Carolina Custódio Pinto
- Eng. Agr. Msc. Thiago Stella de Freitas