A cultura do tabaco/fumo pertence à família Solanaceae, é um produto agrícola processado a partir das folhas de plantas do gênero Nicotiana, cujo representante comercial é a espécie Nicotiana tabacum L. Originária da América do Sul, principalmente do México e dos Andes Bolivianos, da qual é extraída a substância chamada Nicotina (JOSEPH, et al., 2015). Entre as principais cultivares estão a Virgínia e a Burley.
O Brasil posiciona-se como o segundo maior produtor de tabaco em folha, ficando atrás somente da China, mantendo, porém, a posição de maior exportador deste produto no mercado mundial (SOARES et al., 2023). Em 2021, cerca de 86% da produção tiveram como destino a exportação para a União Europeia, Ásia e Estados Unidos, tornando o tabaco um dos produtos agrícolas de maior relevância para a balança comercial do país. Dados do mesmo ano revelaram que a exportação brasileira foi de 464.430 toneladas, com uma geração de receita na ordem de R$ 7,93 bilhões (AFUBRA, 2022). A produção de tabaco na região Sul do país, estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, ocupou uma área de 247 mil hectares, com 560 mil toneladas e geração de renda de R$ 9,53 bilhões, para 128.448 famílias (AFUBRA, 2022).
Os maiores incentivos aos agricultores na fumicultura são a estabilidade de preços proposta pelas empresas que compram a produção e o alto valor agregado do produto (SOARES et al., 2023). Dessa forma, toda a produção de fumo brasileira é realizada no sistema integrado a indústria, no qual as fumageiras são responsáveis pelo fornecimento dos insumos utilizados em todo processo produtivo, desde financiamentos, assistência técnica ao produtor e garantia de compra do produto (SOUZA CRUZ, 2016). Em comparação com outras culturas, o tabaco se destaca por sua rentabilidade em pequenas áreas, o produtor tem integração com a indústria, que oferece compra garantida da produção contratada, ainda há crédito pelos bancos, seguros desde a lavoura até a chegada do produto na empresa, com esses fatores em mãos o produtor sente-se mais seguro e pode trabalhar em pequenas áreas (NUNES, 2012).
O cultivo de tabaco não produz matéria-prima somente para a indústria do cigarro. Por meio do melhoramento genético, plantas como a Nicotiana benthamiana e Nicotiana tobaccum estão sendo utilizadas como matéria-prima para a fabricação de produtos que atendem uma grande variedade de terapias com base em proteínas para tratamento do ebola, do câncer e do HIV/AIDS (ZAMPIERI, 2015, citado por SOARES 2023).
Na região Sul, o número de agricultores que dependem do tabaco vem diminuindo, na safra 2020/2021 para a safra 2021/2022 houve uma redução de 6,67%, 9.170 famílias produtoras deixaram a atividade, 26.766 hectares não cultivados, uma diferença de 67.308 toneladas de tabaco que deixaram de ser produzidas. Isso é preocupante, pois o setor fumageiro brasileiro em grande parte é voltado ao mercado internacional, colaborando para o superávit da balança comercial brasileira e, socialmente, é responsável por dois milhões de empregos diretos, revelando a sua importância como principal produto agrícola gerador de renda para a pequena propriedade e municípios produtores, superando culturas como trigo, uva e cacau (AFUBRA, 2022).
Como a produção do tabaco no Brasil tem como base as pequenas propriedades, tendo em média tamanho de 14,6 hectares onde desses 17% são destinados ao plantio. Em torno de 53,2% representa a renda familiar dos agricultores. Além do cultivo do tabaco essas famílias também produzem alimentos para consumo próprio, sendo 33% para subsistência, 25% criações de animais, 15% florestas nativas e 10% reflorestamento (SINDITABACO, 2019).
Exigências nutricionais
O tabaco é uma cultura exigente em N e K, fazendo-se necessário a adubação equilibrada para repor esses nutrientes no solo com objetivo de maximizar a produtividade e garantir a qualidade da produção (JESUS, 2016). A adubação em cobertura depende do tipo do solo, planta, tipo do fertilizante, expectativa de produtividade e qualidade, visando isso, utiliza-se em média a recomendação das agroindústrias fumageiras que segundo Kaiser (2006) é de 400 kg/ha-¹ e segundo Oliveira e Costa (2012) a recomendação é de 500 a 600 kg/ha-¹.
De acordo com o manual de calagem e adubação para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (2016), para cultura do tabaco (tabela 1), foi elaborado por técnicos vinculados ás empresas integradoras do setor de tabaco, as recomendações para a cultura se referem a uma população de 15.000 a 17.000 plantas/ha para o tabaco tipo Virgínia e de 18.000 a 20.000 plantas/ha para o tabaco tipo Burley.
Teor de matéria orgânica no solo | Tipo de tabaco | |
Virgínia | Burley | |
% | kg de N/ha | |
≤ 1,0 | 160 – 180 | 190 -210 |
1,1 – 2,0 | 140 – 160 | 180 – 190 |
2,1 – 3,0 | 120 – 140 | 160 – 180 |
3,1 – 4,0 | 110 – 120 | 140 – 160 |
4,1 – 5,0 | 100 – 110 | 120 – 140 |
> 5,0 | ≤ 100 | ≤ 120 |
Tabela 1- Exigência de nitrogênio para cultura do tabaco.
Fuente: CQFS-COMISIÓN DE QUÍMICA Y FERTILIDAD DEL SUELO, 2016.
Aplicar entre 60 e 80 kg de N/ha na adubação de plantio, em pré-transplante, e o restante em cobertura. As quantidades de N a aplicar em cobertura, de forma parcelada, variam conforme o tipo de tabaco, o teor de matéria orgânica e a textura do solo, as condições climáticas e as variáveis relacionadas á qualidade e estilo do tabaco a ser produzido. Para o tabaco tipo Virgínia é recomentado que no mínimo 50% da adubação nitrogenada seja proveniente de fertilizantes nítricos (CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2016).
Recomenda-se o uso de plantas de cobertura ou adubação verde no período entre dois cultivos, objetivando a conservação do solo e a melhoria de suas características químicas, físicas e biológicas. No caso de utilização de leguminosas, podem-se reduzir aplicações de N em cobertura, de acordo com o desenvolvimento da cultura (CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2016).
A adubação fosfatada deve ser aplicada inteiramente no plantio (tabela 2). Para adubação potássica, aplicar em 60 e 80 kg de K2O/ha no plantio, em pré-transplante, e o restante em cobertura. Na escolha das fontes de fertilizantes, deve-se limitar a quantidade de cloro aplicada em, no máximo, 50 kg de Cl/ha (usado somente em adubação no plantio) (CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2016).
Interpretação do teor de P ou de K no solo | Fósforo (Virgínia/Burley) | Potasio | |
Virgínia | Burley | ||
Kg de P2EL5/ha | Kg de K2O/ha | ||
Muito baixo | 120 | 200 | 210 |
Baixo | 80 | 160 | 170 |
Médio | 60 | 140 | 150 |
Alto | 40 | 120 | 130 |
Muito alto | 20 | ≤105 | ≤ 115 |
Tabela 2- Exigência de fósforo e potássio na cultura do tabaco.
Fuente: CQFS-COMISIÓN DE QUÍMICA Y FERTILIDAD DEL SUELO, 2016.
Em sistemas conservacionistas de solo, com plantio direto na palha, podem-se reduzir as doses de P2EL5 y k2O aplicadas. Nesse caso, seguir a orientação da assistência técnica (CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2016).
O conhecimento da marcha de absorção, taxa de acúmulo de nutrientes e matéria seca permite definir a exigência dos elementos requeridos em cada estádio fenológico da cultura (CREMONESI et al., 2019). Com isso, pode-se estimar a exportação pela colheita e o quanto é necessário retornar ao solo (ECHER et al. 2009, KURTZ et al. 2016), sendo essencial para o manejo da adubação. Pesquisas sobre marcha de absorção de nutrientes pelas culturas podem auxiliar no planejamento das adubações para a otimização da eficiência nutricional e incremento da produção, já que expressa na forma de curvas de resposta em função da idade das plantas, informa épocas em que essas absorvem os nutrientes em maiores quantidades, aumentando, assim, o conhecimento de épocas em que a adição de nutrientes às plantas faz-se necessário (DIÓGENES, 2016).
Os micronutrientes são assim chamados pela baixa quantidade absorvida em relação aos macronutrientes (KIRKBY 2012), porém sua carência afeta o crescimento e a produtividade da planta. As funções dos micronutrientes estão relacionadas à atividade enzimática, catalisação de reações, e demais processos fisiológicos e bioquímicos (DINIZ et al. 1999). Em experimento realizado por Cremonesi et al., (2019) com mudas do híbrido Virgínia 405 foram avaliados a massa de matéria seca, conteúdo e taxas de acúmulo diárias dos micronutrientes e Al no caule e folhas da planta. Verificou-se que o máximo acúmulo de matéria seca foi próximo aos 68 dias, após o transplantio (DAT), obteve aproximadamente 3,2 t ha-1 de matéria seca ao final do ciclo, com 61,3% representados pelas folhas; e o pico de acúmulo para a maioria dos micronutrientes ocorreu a partir dos 105 DAT. A ordem de acúmulo de micronutrientes para o tabaco foi Fe>Mn>B>Zn>Cu com 98,2, 85,3, 79,2, 59,6 e 62,5%, respectivamente, além dos valores máximos obtidos aos 105, 135, 135, 135 e 110 DAT, respectivamente, onde mais de 60% dos micronutrientes absorvidos foram depositados nas folhas. O acúmulo de Al foi de 36 kg ha-1, com 98,2% depositado nas folhas.
Manejo e conservação do solo
As práticas conservacionistas de manejo possuem como objetivo reduzir os riscos de erosão do solo. Em solos bem estruturados, descompactados, com acidez e fertilizantes corrigidas e com muita palhada, recomenda-se utilizar os sistemas de cultivo mínimo ou de plantio direto. O uso de rotação de culturas, evitando-se outras espécies da família das solanáceas, é recomendável para o controle fitossanitário e a ciclagem de nutrientes (CQFS-COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO, 2016).
Fatores que devem ser levados em consideração:
O tabaco é uma cultura exigente em N e K, fazendo-se necessário a adubação equilibrada para repor estes elementos no solo com o objetivo de maximizar a produtividade e garantir a qualidade da produção a fim de atender as necessidades dos consumidores (JESUS, 2016). Por qualidade entende-se o balanço adequado de nicotina e açúcar para obtenção de um sabor agradável, estas características adequadas estão presentes em folhas colhidas de forma gradativa na planta conforme maturação, apresentando coloração laranja intenso após o processo de cura (YANG et al., 2015).
Para Jesus (2016) o manejo da adubação de cobertura é complexo, sendo que o N possuiu uma dinâmica muito peculiar, devido à diversidade das formas químicas, reações e processos aos quais está envolvido. O N no solo está sujeito a diversas perdas, principalmente por lixiviação de nitrato e volatilização de amônia, tanto a partir de fertilizantes minerais ou de resíduos orgânicos. O manejo a ser adotado na adubação é fundamental para mitigar essas perdas, cuja dinâmica está diretamente relacionada com a eficiência do uso do N aplicado via fertilizantes. Da mesma forma, o K também apresenta suas peculiaridades no solo, sendo que sua perda ocorre fundamentalmente por lixiviação. Para aumentar o aproveitamento dos fertilizantes nitrogenados e potássicos tem-se buscado novas tecnologias, a exemplo do uso de fertilizantes de liberação lenta ou controlada. Com isso, pretende-se minimizar as perdas por lixiviação e, no caso do N, também por volatilização.
Com o cultivo do solo por vários anos, podem ocorrer perdas de MO, o que afeta o teor de N. Outra razão para a redução da MO está relacionada com as queimadas e o revolvimento do solo, por arações e gradagens, que favorecem sua oxidação. As reduções de MO são mais rápidas no início dos cultivos, até que seja atingido um novo teor de equilíbrio, o que pode levar décadas para acontecer (JESUS, 2016).
Uma fonte de N e K é o nitrato de potássio (KNO3), conhecido como NOP, é comumente produzido por meio da reação do KCl com uma fonte de nitrato. O nitrato pode vir do nitrato de sódio, do ácido nítrico ou do nitrato de amônia (RODRIGUES et al, 2014). Tendo como grande importância comercial o Salitre do Chile sendo um produto natural extraído no deserto do Atacama, no Chile. Ele é um fertilizante de alta solubilidade e pureza, fornecendo nitrato de potássio e sódio, com alguns micro nutrientes. Porém, a utilização desse sal pode aumentar a pressão osmótica da solução, fazendo com que a absorção de água pelas plantas seja reduzida.
A adubação mineral proporciona a produtividade imediata das culturas, no entanto sucessivas aplicações de fertilizante são necessárias ao manejo, devido ao rápido esgotamento de nutrientes disponíveis para as plantas. Esses fertilizantes provocam gastos excessivos, desgastes no solo e limitações do potencial produtivo nas culturas (RABELO, 2015). Além disso, ao longo do tempo, dependendo da dose aplicada, podem ocasionar acidificação do solo, principalmente no caso do nitrogênio (FRANCIOLI et al., 2016; REZENDE, 2022). Durante os últimos anos, o uso de adubos com tecnologia de liberação lenta ou controlada aumentou significativamente, como os organominerais e os polimerizados, que apresentam alta eficiência em relação aos fertilizantes convencionais (SILVA, 2017).
Tipos de manejo de solo no cultivo do tabaco
Existem três tipos de manejo do solo utilizados no plantio de tabaco, o convencional, o cultivo mínimo e o plantio direto (PRADELLA, 2018). “O preparo do solo é uma das operações agrícolas na qual se procura alterar seu estado físico, químico e biológico, de forma a proporcionar melhores condições para o máximo desenvolvimento das plantas cultivadas”. O manejo inadequado pode provocar degradação do solo, erosão e perda de nutrientes (DERPSCH, 1985 apud GABRIEL FILHO et al., 2000, p. 954).
Manejo convencional do solo é o revolvimento do solo em suas camadas superficiais que tem o objetivo de incorporar calcário e fertilizante, além disso, objetiva aumentar a porosidade, a permeabilidade e facilitar a absorção e de água e ar e com isso, o bom desenvolvimento das plantas (PRADELLA, 2018). Também incorpora a cobertura verde, seja ela de daninhas ou adubação verde. O processo convencional é realizado com a aração e gradagem do solo (GABRIEL FILHO et al., 2000, p. 954). Este sistema requer atenção à topografia do terreno, “Em terrenos com declividade de até 5%, devem ser construídos terraços de base larga. Em declividades de 5% a 12%, é recomendável a construção de terraços de base estreita. […].” (BARBOSA et al., 2009, p. 2).
O cultivo mínimo compreende o mínimo de manipulação, revolvimento do solo no preparo para o plantio de alguma cultura, é recomendado onde o solo não é tão compactado (PRADELLA, 2018). É realizada a subsolagem que descompacta o solo na linha do plantio, indicado principalmente a lavouras com declive para impedir maior erosão (ROSSETTO; SANTIAGO, 2018). Segundo os autores o cultivo mínimo tem vantagens com relação ao tradicional principalmente a redução da erosão e a redução dos custos de preparo do solo. Para Barbosa et al. (2009, p. 2) da Embrapa o cultivo mínimo é um sistema de manejo do solo intermediário “com pouca movimentação do solo.”
O plantio direto é um sistema de preparo do solo com o mínimo de interferência do homem no ambiente de plantio, somente no sulco de plantio, entretanto requer a dessecação das plantas existentes na lavoura (PRADELLA, 2018). De acordo com Barbosa et al. (2009, p. 2) o plantio direto “possibilita aliar menor mobilização do solo e preservação da matéria orgânica, sendo assim de fundamental importância não só para a sustentabilidade do ambiente, […]” bem como “influência direta e indireta nos processos químicos, físico-químicos e biológicos do solo.
Cobertura do solo
EL cultivo de plantas de cobertura, Pauletti et al. (2009) apresenta a capacidade de promover a absorção de nutrientes em camadas profundas do solo e acumulá-los na parte aérea, proporciona benefícios para a cultura sucessora após a degradação da palhada na superfície do solo, além de demostrar importância no manejo para o controle de plantas daninhas (SODRÉ FILHO et al., 2008). Além disso, como vimos anteriormente a utilização de leguminosas como cobertura antecedendo a cultura do fumo pode reduzir a quantidade de N aplicado em cobertura.
Por conseguinte, a utilização de práticas conservacionistas, a escolha de fertilizantes que possam colaborar com os processos do solo evitando seu esgotamento, além de toda tecnologia empregada no manejo da produção fazendo com que o produtor utilize equipamentos adequados para reduzir o contato direto com o fumo e a utilização correta de fertilizantes e defensivos devem ser corretamente utilizados para que a rentabilidade do produtor, a ciclagem continua do solo atuem de forma a viabilizar toda cadeia de produção do tabaco.
Posicionamento ILSA para o tabaco
A ILSA é referência mundial na busca e transformação de matérias-primas renováveis em produtos de alto desempenho para a agricultura moderna. Trabalhamos com fertilizantes orgânicos e organominerais de aplicação via solo e via folha, produzidos a partir do colágeno. Nossas matrizes orgânicas AZOGEL® e GELAMIN® são obtidas através de processos inovadores e sustentáveis que garantem a obtenção de fertilizantes de alto valor nutricional e de alta homogeneidade (sem variações nas matérias-primas e nas garantias.
Figura 1. Sugestão de fertilização ILSA de acordo com as fases fenológicas do tabaco.
Fonte Imagem: SQM – Solutions for human progress
A ILSA possui em seu portfólio uma linha completa de fertilizantes capazes de suprir as exigências nutricionais da cultura do tabaco (Figura 1). No transplante das mudas a recomendação é a utilização da linha de fertilizantes organominerais de aplicação via solo GRADUAL MIX®. GRADUAL MIX® fornece macronutrientes (NPK) de forma mais eficiente devido a presença da matriz orgânica AZOGEL®, que possui em sua composição carbono e nitrogênio orgânicos que favorecem respectivamente, a atividade biológica do solo e o desenvolvimento vegetativo equilibrado, devido ao fornecimento de nitrogênio de forma gradual, durante todo o ciclo produtivo.
Conforme discutido no texto a cultura do tabaco é altamente exigente em N e K, sendo necessária a aplicação destes dois nutrientes em cobertura. Para este momento o fertilizante FERTI COMPLEX® de aplicação via solo é o mais indicado. FERTI COMPLEX® é obtido a partir da combinação em um único pellet da matriz AZOGEL® com fontes minerais de N e K o que permite maior aproveitamento dos nutrientes minerais e menores perdas pelos processos de volatilização e lixiviação.
Os fertilizantes para o manejo de solo da ILSA são caracterizados pela liberação gradativa de nitrogênio além de serem ricos em carbono orgânico, o que potencializa a atividade de microrganismos no solo, o que irá interferir na mineralização de nutrientes; incremento de matéria orgânica no solo; maior absorção de potássio e outros cátions devido ao aumento de CTC; contribuindo assim com o manejo e conservação do solo.
Para o manejo de fertilização foliar os fertilizantes recomendados são ETIXAMIN MEGA® e ILSAMIN ÁGILE®. ETIXAMIN MEGA é obtido pela combinação da matriz orgânica GELAMIN® rica em aminoácidos, com fontes minerais de macro e micronutrientes. MEGA permite o equilíbrio nutricional das plantas, prevenindo possíveis carências. ILSAMIN ÁGILE® fornece aminoácidos de rápida absorção que interferem em diversos processos metabólicos das plantas, inclusive na superação de estresses climáticos.
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Autores
- Ing. Agr. Dra. Angélica Schmitz Heinzen
- Ing. Agr. Maestría en Ciencias. Carolina Custodio Pinto
- Ing. Agr. Maestría en Ciencias. Thiago Stella de Freitas